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A inquietante história de Katelyn Ohashi


Confesso que sempre amei ginástica artística. Algumas semanas atrás deparei-me com um vídeo espetacular de exercício de solo. A protagonista era Katelyn Ohashi. Fiquei fascinada por tudo: energia, diversão, ritmo, coreografia, execução técnica… e logo fui pesquisar sobre este talento.

Na minha pesquisa li que nem sempre foi assim… Katelyn Ohashi começou aos 3 anos na ginástica e chegou a integrar a equipa Olímpica dos EUA para os jogos de Londres, mas por meses falhou, por não ter a idade mínima.


Antes disso, Katelyn Ohashi, foi campeã Nacional, em 2011, individualmente (trave, barras, solo), era considerada a melhor ginasta e a grande promessa Olímpica Americana…. Até que se tornou alvo de implacáveis críticas, especialmente, do seu treinador, depreciando o seu corpo, já que a criança transformava-se em adolescente.


Após muita tensão emocional, em 2015, depois de algumas lesões, veio aquela que foi a mais grave, nas costas quando decidiu abandonar a modalidade. Como ela diz numa das entrevista: “I was broken”. Não estava só fisicamente, a ferida mais profunda era sim emocionalmente… E se formos a ver o significado de lesões nas costas (na psicossomática – Conhecimento que utilizo nas minhas sessões de diagnóstico) este tipo de lesão não há dados, mas apostaria que foi na parte superior das costas e os ombros, em que ambas as lesões estão relacionadas, por um lado a falta de apoio emocional, sentindo-se que não é amada e por outro lado os ombros as formas de expressar os seus sentimentos, dificuldades que surgiram no meio de tanta critica.


O corpo da Katelyn expressou a sua dor emocional e, como ela própria disse em entrevista, que até ficou aliviada com as lesões. Já que o nosso corpo manifesta, através das doenças, as nossas dores emocionais e também são uma forma de proteção, pois a dor emocional é sempre maior do que a dor física. E nós só decidimos mudar quando a dor da mudança é menor do que a dor de estar a viver como se vive.


Na realidade, a questão nunca foi a ginástica, mas sim o jeito como estava a ser vivido. É como a dança, o trabalho, etc… muitas das vezes não é o que se faz, mas sim o jeito que se está a fazer. Katelyn, hoje encontrou um novo jeito, o jeito que para ela é o que está certo, o que se sente bem, na mesma modalidade onde a alegria e o divertimento é o seu único objetivo.


Mas primeiro teve que fazer todo um trabalho emocional, de se aceitar, de gostar do que se é, encontrar com o amor próprio e saber não ficar vulnerável aos que os outros dizem. Bem mais fácil hoje, já que tudo se passou enquanto criança na transição para adolescência. E é na primeira infância que as grandes traumatizações ocorrem. Se não tratarmos de curar o passado ele persegue-nos nas diferentes décadas da nossa vida.


Katelyn cuidou-se e é uma FENIX.

Mais do que contar aqui é ver a sua apresentação de uma competição universitária, onde ela voltou a ser feliz, conseguindo um “PERFECT 10”, sendo o vídeo mais visto no youtube, em 2019. O sorriso, a satisfação e claro com muito divertimento. Se recuarmos no passado virmos um exercício na mesma modalidade, em 2012, podemos observar: cara fechada, sem sorrir, nem para a fotografia e nem para o agradecimento final. Em 2012 para aquele treinador e equipa técnica o mais importante era a atleta e não o ser humano. Grave erro para muitos que treinam campeões para resultados e não campeões para eles mesmos, sendo a expressão da sua alma, da sua essência…


O que mudou? Katelyn Ohashi tornou-se adulta, tomou conta de si, afastou-se, voltou quando se sentiu preparada, com toda a sua alegria e encontrou a sua paixão de novo pela ginástica e vivendo-a de acordo com a sua convicção. Ela voltou a ser feliz na área que ela melhor sabe e mais gosta.

Ela não sentou na banco da vítima acusar tudo e todos. Buscou ajuda. E na terapia foi ajudada de COMO devia de conduzir este seu processo. E assim partiu para ação.


Tal como, a Katelyn Ohashi não abandone o que mais ama, o segredo é só mudar o jeito de fazer. Faça terapia, compreenda-se e cure-se… e volte a sorrir… volte a dar sentido ao que faz… Tudo é um processo.


Se o seu coração acelerar, se fizer sentido para si… contacte-me para uma sessão de diagnóstico de Leitura Corporal e Microexpressões e eu lhe direi como posso ajudar...


Beijinhos




2019



2012



 
 
 

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