Como a falta de autoestima impossibilita viver todo o teu potencial?
- Bárbara Başarı
- Feb 20, 2022
- 4 min read
Ao falar com uma amiga, esta revela-me que está preocupada com o número de estudantes, crianças e jovens, onde a autoestima se apresenta como um problema, sendo até um obstáculo na hora de focar na aprendizagem, já que o nosso mundo interno das nossas emoções, quando não estamos bem, suga-nos atenção, energia, vitalidade…. Fica o conselho para todos os pais e todas mães preocupados/as: quando os seus filhos/as fizerem terapia não se esqueçam que vocês também devem de o fazer para desta forma acompanhar a evolução dos rebentos e a evolução ser efetiva e integral. Existem casos em que o ideal é ser o casal. Já que a terapia só com a criança/adolescente terá resultados a curto prazo.
Bem, já sabem, nada como se expressar e tirar os nós da garganta e dizer o que vai na alma… Mas antes de marcares uma sessão personalizada comigo, vou dar-te algumas ideias básicas sobre este assunto e trazer já algumas reflexões…. Vem daí e acompanha-me neste raciocínio e vê em que ponto estás:
Existem 3 Pilares da Autoestima:
1º Aceitação – Tu aceitas-te? Muitas pessoas que têm baixa autoestima, estão a dizer NÃO. Ora bem, o que é que criticas em ti? Como pessoa? E como bailarina? E como profissional? E como mãe? E como pai? E como filho? No teu corpo? Na tua vida?
Aceitar como somos é um ato de amor, pois quando o fazemos paramos de criticar e julgar, para dar lugar a outras possibilidades onde o teu EU é um templo, onde só é permitido amar. E atrás da não aceitação existe impacto em todas as outras áreas da tua vida. E sabes bem disso, certo? O quanto tu te limitas no palco? O quanto a teu relacionamento, ou a falta dele, está a ter impacto em ti? A forma como tu interages com os outros ? O teu trabalho que podia estar num outro patamar…. E a tua saúde? Sem saberes, ou já tendo essa consciência, aceitação de sermos como somos é crucial. Podia dizer tantas outras coisas, mas prefiro ser sucinta e objetiva, e reservar outras perguntas e reflexões para uma sessão personalizada… Ora bem, depois vem….
2º Autorrespeito – bem…. Tu sabes dizer não? O quanto tu te posicionas na tua vida? Independentemente de quem esteja à tua frente? Sei que, para alguns/algumas, consideram um ato de rebeldia, ou de não gostarmos de tal pessoa ou algo do género, pessoas que pensam que a motivação está fora, mas na realidade, confesso que é algo que aprendi desde de cedo, que se não fizesse o que achava bem, invadia-me uma angustia dentro do meu peito, porque simplesmente o meu corpo, a minha alma dizia que não era por ali… e por isso escuto-me e aí decido e respeito-me… quem gosta de mim gosta sabendo que me posiciono. Tive uma amiga que dizia para a outra: “se a Joana está a dizer que faz é porque ela pode fazer e quer, caso contrário não dizia nada. Portanto aceita”.
3º Auto valor – é importante termos uma visão de nós… e em terapia, eu tenho um conjunto de ferramentas para trazer essa consciência e exercícios que ajudam no processo de transformação desse sentimento. Pois o processo terapêutico é, em primeiro lugar, a consciencialização de onde estamos. Pois temos que saber que nós somos a pessoa mais importante na nossa vida. Se não estivermos bem a nossa árvore (que somos nós) não dará os frutos para doarmos e sermos úteis. Portanto, deixo a pergunta: “Tu doas os teus frutos ou a tua árvore?”
Tudo isto são, no fundo, os pilares para a autoestima. É natural nós nascermos com a autoestima, só que se tornou normal que determinados acontecimentos, ao longo da nossa vida, terem impacto nessa autoestima. Portanto, nas sessões vamos trabalhar a autoestima, mas apoiar a tomada de consciência do que despoletou a situação (pois isso é o mais importante). Não podemos esquecer que a baixa autoestima é só uma consequência… portanto, vem daí fazer um diagnóstico profundo até à raiz do problema, iniciar um processo terapêutico para sentires o que de positivo traz para outras áreas da tua vida, que também ficarão a ganhar.
Até podia dar aqui sugestões e frases motivacionais de coaching, só que toda a mudança tem que vir de dentro e tem impacto fora. Tudo o que é externo acaba por ter uma duração tipo analgésico, pois disfarça a dor, mas ela continua lá e, para não a sentirmos, continuamos a tomar até que ficamos dependentes.
Desta forma, vivemos a baixo do nosso potencial seja intelectual, artístico, criativo, financeiro, emocional e também espiritual. Quando não se vive todo o potencial que possuímos e não temos motivação para fazer nada vivemos em estagnação.
Estudos indicam, que apenas 5% da população mundial vive a vida dos sonhos. Sabe o motivo disso? Porque só este número está disposto a encarar de frente as suas emoções, a ter consciência delas e a aprender a geri-las.
Comece o caminho.
‘Roma não se fez em 2 dias’.
Autoestima é liberdade.
Beijinhos empoderados




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