Coreografar: afinal por onde começar? E como começar?
- Bárbara Başarı
- Mar 20, 2020
- 3 min read
Updated: Mar 21, 2020
E na hora de coreografar como é que é? Eu partilho o meu método descrevendo cada uma das etapas e também a primeira vez que tive essa desafiante tarefa. Bora lá organizar as ideias.
Hoje vou partilhar, em poucas palavras como foi o meu trajeto para começar fazer coreografias, ou seja, o meu método, que funcionou comigo.
Ora bem, passemos a refletir sobre este meu método inacabado, (sim, até hoje eu tenho ajustado o meu método à bailarina que sou).
Em 2014, quando soube que o primeiro exame na APDV seria fazer uma coreografia, acreditem, deu-me calafrios. Era muita informação, e a cada aula eu só pensava, como vou organizar tudo isso? Eu sabia que tinha que arranjar o meu método e que, para mim, seria tudo mais fácil quando eu o delineasse. Sendo eu da pedagogia e como me conheço bem enquanto estudante, sabia que a solução passaria por aí. Ou seja, uma maneira de organizar os conteúdos, na sequência de tarefas a executar, por ordem de importância, para chegar ao meu objetivo. Confusa/o? Continua aí e segue o meu raciocínio. 😉
No curso da APDV, e falo dele porque foi onde comecei a ter maior consciência de tudo, onde até tive acesso a um roteiro sobre o estilo clássico (conteúdo que podem ter acesso no Curso Profissional APDV), e também adicionei conteúdos de um workshop também leituras adicionais. E foi o começo de tudo, tinha a estrutura da música clássica, os instrumentos musicais, os ritmos e tantas outras informações. Acreditem era só mesmo o começo.
No verão desse mesmo ano, tive o prazer de conhecer umas das bailarinas que mais amo/admiro e que me inspira. Ainda hoje frequento os seus workshops, porque aprendo sempre, e adoro o seu método, Mahaila El Helwa. No workshop com a temática Aprimoramento Musical aumentou o meu desejo em desenvolver esse método o quanto antes, até porque outros conhecimentos surgiram.
Nossa, fiquei ainda mais apaixonada e acreditem "devorei" textos sobre ritmos, melodia, harmonia, instrumentos árabes, e tudo mais que encontrava, e fiz um esquema com as informações que achava essenciais para a minha tarefa (ver Share With You), e logo tive a noção “quanto mais sei mais sei que nada sei” (Sócrates).
Com todo este manancial fiz o meu primeiro quadro de esquematização coreográfica em 2015, para uma música clássica (penso que ajuda muito começar e para aprimorar a nossa forma de fazer coreografias, com uma clássica, porque tem uma divisão clara e tem diferentes ritmos que podemos trabalhar). Esse esquema, ajudou o meu “quadro mental” do que teria que fazer quando tivesse entre mãos realizar uma coreografia.
Partilho com vocês a versão original da minha primeira coreografia em vídeo. Peço desculpa pelo som em algumas partes.
O tempo passou, e hoje não realizo as coreografias com a “esquematização coreográfica de 2015”, mas aconselho vivamente, a organizarem as informações essenciais (ver Share With You). No meu caso com o tempo, outras categorias emergiram e hoje tenho adaptado o meu método com a minha leitura musical que quero atingir (estou numa fase de estudo), mas o passo a passo (ver Share With You) continua a ser do jeito que vou partilhar. Adicionei a fase quando há voz, porque a primeira experiência não tinha contemplado tal item.
Encontre no SHARE WITH YOU o passo a passo, sugestão de leitura e outras dicas práticas que utilizo e ainda um esquema com informações essenciais.
E você se lembra da sua primeira coreografia? Partilha aí a sua experiência e a forma como faz.
Beijinhos Esperançosos e Dançantes
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