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Crianças a educarem crianças


Ainda refletindo sobre a esfera infantil, este título pode remeter para irmãos, que educam outros irmãos, por exemplo, e assumem a responsabilidade de educar. Mas não estou a referir-me a esses casos. Um dia farei uma reflexão sobre esse assunto, mas hoje não é o dia.


Ainda na esfera adulta, mas com comportamentos infantis, vale a pena refletir quando esses adultos que se tornam pais e mães, têm dinâmicas comportamentais infantis, ou seja, que ainda não cresceram, mas que já educam crianças. E até mesmo professores/as, no nosso caso de dança, que também tem dinâmicas infantis e que não ajudam as/os suas/seus alunas/os a se empoderar. Tenho até professores/as que já o fazem, mas querem ser melhores profissionais do que já são e pedem Orientação Pedagogica/Terapêutica.


Virar adulto é crescer, mas não é só na altura. Virar adulto é ter a capacidade de escolha, e de forma adulta ter a noção que algo não está certo na sua vida e sentir que precisa de ajuda de um profissional, tanto para ajudá-lo a olhar para si, como também a ser um melhor pai ou, melhor mãe, ou melhor professor/a.


É ter a noção de que, antes de procurar um profissional para a criança/adolescente, é sempre necessário que os pais, as mães, os/as professores/as façam um diagnóstico, para aferir, se existem comportamentos que devam ser ajustados, para melhorar a comunicação com a criança/adolescente. Além, disso este diagnóstico permite uma noção mais clara, sobre determinadas ações/reações do seu filho/a e/ou do/a seu/sua aluno/a.

Infelizmente, assistimos a alguns pais/mães, que delegam essa função apenas aos professores/as e até aos terapeutas, psicólogos, psiquiátricos, pedagogos... tendo como pré-conceito, que são apenas os seus ‘rebentos, que precisam de ajuda.


Já tive oportunidade de explicar a pais e mães este conselho que, aqui, deixo: se os próprios/as pais/mães não se disponibilizam fisicamente, emocionalmente e mentalmente a fazerem esse caminho com eles, certamente será dinheiro ‘deitado ao lixo’. Podemos até obter resultados incríveis com essas crianças e adolescentes, só que como elas ainda são dependentes dos/as pais/mães, e vivem com eles e se só uma das partes muda, ou seja, o elo mais frágil da cadeia familiar, e se no seu núcleo familiar nada acontece, o mais provável é, passado algum tempo, volta tudo ao mesmo, uma mudança de pouca dura.


Onde está a dinâmica infantil?


Quando os pais, não respondem aos filhos como adultos, maduros, responsáveis e pais; (vejam o post de quarta-feira, onde dou exemplo de como alguns fazem e de como se deve fazer),


Quando os/as pais/mães, acham que são só os/as filhos/as que devem ter ajuda e que essa ajuda irá resolver toda a questão, devem lembrar-se que poderão, também eles/as, precisarem de resolver alguma fragilidade importante que irá resultar de um apoio fundamental no crescimento da criança / adolescente.


Por outro lado, o adulto, deve fazer uma autoanálise:

será que esta postura de atirar sempre as culpas para os outros e de reclamar de tudo, não será algo que devo alterar? Não será esta uma influência negativa para o/a meu/minha filho/a?

Será que como professor/a tenho alguma dinâmica que devo de mudar?


Óbvio que existem casos e casos, ou seja, situações que não estão diretamente ligadas às dinâmicas familiares, por exemplo, os casos de Bullying, etc, no entanto, a terapia irá direcionar o adulto para o correto apoio a prestar a quem sofre, ajudando a ligar de forma mais harmoniosa com a esfera emocional dos/as filhos/as.


Quando os/as filhos/as conseguem ver que também os/as pais/mães estão empenhados na mudança, e que cada membro daquela família está a olhar para os seus comportamentos, acaba por ser motivo de respeito e admiração e, por isso, uma motivação extra na resolução do problema.

Nos últimos meses, tenho falado com mães, que querem que os seus filhos sejam atendidos, nestes casos, aconselho os pais/as mães a terem também eles acompanhamento. Existem casos em que os/as adolescentes são perfeitamente ‘normais’ no seu desenvolvimento e, neste sentido, é necessário as mães olharem para os/as seus/suas filhos/as como adolescentes e ajudá-las/os a identificar o que é que eles/elas querem com aqueles comportamentos, muitas das vezes, querem apenas marcar uma posição, a sua personalidade. Assim, são orientadas para qb saudável de ambos os comportamentos, porque os/as pais/mães não são amigos/as, SÃO os/as pais/mães.


Existem outros diferentes, com outra profundidade emocional, no entanto, o que fazem a si mesmos já requer um cuidado para escutar sua dor e também é necessário orientar os/as pais/mães para as melhores palavras para lidarem com essas situações. Ou seja, como refiro desde início: cada caso é um caso!


Apenas deixo um alerta: apenas atendo adolescentes ou crianças se elas quiserem e sentirem que precisam. Já que é habitual mesmos crianças pedirem ajuda aos pais.


Até quando vais querer viver assim?

Até quando preferes continuar a cometer os mesmos erros?

Há muita informação, mesmo sendo gratuita, por isso não há desculpas...

Quando somos melhores pessoas para nós mesmos, também somos melhores maridos, mulheres, pais/ mães, filhos/as, profissionais, professores/as etc…


Marca a tua sessão e, como pai / mãe / professor/a, faz um diagnóstico para perceber o que está a atrapalhar nessa missão que é a mais mágica do universo: Ser Pai / Ser Mãe / Ser professor/a


Até breve,

Beijinhos empoderados






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