Essência vs Ego: a dualidade de dois mundos
- Bárbara Başarı
- Apr 16, 2020
- 3 min read
Updated: Apr 20, 2020
Afinal o que cada um revela de nós? Será que a demonstração do ego revela uma personalidade convencida das suas qualidades? E a essência, afinal do que se trata?
O ego é mental. A essência faz parte do ser.
O nosso EU dançante não é mais do que a junção de várias partes de nós. O EU do dia a dia (rotinas/experiências), o EU artístico (sentimentos/personalidade), Eu técnico (físico), Eu espiritual (chackras)… Aquele EU, que se duela entre o nosso ego e a nossa essência.
Hoje queria começar por aquele iten que pode travar toda e possível evolução: O EGO. Toda a gente tem este amigo/companheiro. Sem aprofundar os conceitos, em traços gerais, o EGO serve como um mecanismo de "defesa". O ego compõe-se de pensamentos e emoções coleccionadas, ao longo da nossa história de vida, O ego é um termo que vem da Psicologia da área da Psicanálise, que esta intimamente ligada à mente impulsiva/inconsciente do ser humano. É a parte reativa, não pensa só age e necessita de bens materiais para se sentir melhor.
A essência é uma "conselheira" para o Ego, que escuta tudo com o coração e a intuição. O ser/a essência precisa somente de ser ouvida. Quem a ouvir é mais feliz, realizada/o e plena/o, porque atinge uma felicidade constante e sustentada, que se prolonga ao longo da vida. Apetece-me dizer, deixemos as defesas de lado e vamos deixar a essência trabalhar e aconselhar.
Como nos diz a psicóloga social, no mantra sobre o EGO, Maura Albanesi: “Me libero do desejo circundante do meu si mesmo e me abro para as infinitas oportunidades de servir com o meu poder pessoal” (Maura Albanesi). Ora bem, o ego é mesmo assim, é um desejo que gira em torno de nós mesmas/os sempre no mesmo sentido e que nada de novo nos vai trazer. O pior ainda é quando você deixa ele crescer e dominar e não conseguimos aproveitar todas as chances de evolução, que a vida nos apresenta, para as diferentes dimensões do EU, porque nem conseguimos ver-nos de forma tão ampla e complexa.
O ego é um mecanismo de defesa que nos travam, petrifica-nos ao solo que pisamos. Por vezes, acusamos o ego de tudo saber… mas afinal ele nem sabe nada não, o “cara é bobo”… é só “uma criança” que tem medo, por isso se defende, se esconde… Não faça isso com você. É excelente princípio de evolução, na vida como na dança, você saber as tuas fragilidades para dares a volta por cima, embora também seja importante saber o que te distingue dos demais e não abandonar jamais. Como se costuma dizer é no equilíbrio que reside a sabedoria, mas é na ação que reside a evolução. Por isso, quando você diz: “aquela pessoa tem cá um ego é muito convencida/o”… tenho uma novidade para você, essa pessoa não é nada convencida dos seus talentos, das suas qualidades ela só reage dessa forma, porque tem medo que o outro conheça todas as suas fragilidades.
Você não deve de esquecer jamais da sua essência … essa nua de vaidades, nua de necessidade reconhecimento, mas vestida com propósito(s), vestida de sabedoria, vestida de trajes simples no conteúdo; com desejos maiores, indetermináveis e poderosos.
Trate de você, do(s) seu(s) talento(s) como o bem mais precioso. Pode aí ser o começo de tudo e pode mudar o mundo. Já que o mundo é mudado com pequenos gestos que se tornam grandes. E como disse Gandhi "Seja a mudança que você quer ver no mundo".
Viva a vida, viva a sua dança, a sua liberdade que começa na sua cabeça…
Bye Ego Hello Essence
E partilha comigo qual é a mudança que esta ao seu alcance? De que forma vai mudar o mundo? Qual é o seu talento?
Beijinhos de esperança e dançantes

Mais uma vez obrigada Diana pelo teu contributo e pelas tuas palavras :D
Um tema fantástico! Sendo ou não aplicado à dança!
Do meu ponto de vista, o importante será sempre encontrar (ou antes trabalhar) o equilíbrio entre o ego e a essência!
O nosso ego é importante e deve ser respeitado! Por nós e pelos outros!
Tanto um ego frágil como um super ego vai afectar o nosso progresso - como pessoas e, consequentemente, como bailarinos (ou qualquer outra forma de arte ou qualquer outra área profissional).
Seja em que aspecto for - pessoal, profissional... -, não deve ser o ego a ter controlo sobre nós mas sim o contrário!
Considero isso um trabalho contínuo😉
Muito Obrigada Maribel fico feliz pelo teu feedback ;)
Sem dúvida!!! Excelente reflexão!!!
Beijinhos
Muito Obrigada Delfina pelo teu feedback 🥰😘❤️