Partilho os benefícios da dança no Dia da Mulher
- Bárbara Başarı
- Mar 8, 2020
- 3 min read
Neste dia da Mulher, nada melhor do que revelar e partilhar o que a dança árabe fez por mim. Uma amizade intensa de convívio e de emoções ;).
Hoje é dia 8 março. Em 1975, a Organização das Nações Unidas (ONU), oficializou esta data como Dia Internacional da Mulher, que é celebrado desde do início do século XX.
Associadas a este dia estão as reivindicações dos direitos de igualdade de género, que ainda faz tanto eco nas sociedades contemporâneas. Curioso, andamos desde o século passado, e muito embora algo já tenha mudado, especialmente na cabeça das mulheres para os seus direitos e para o seu empoderamento, acredito eu, ainda assistimos a comportamentos menos desejados, onde o machismo é rei e, atenção, comportamentos que não vêm apenas pela parte dos homens, infelizmente.
Para quem não sabe, durante alguns anos, fui bolseira de investigação na área das Questões das Género. Onde tive oportunidade de observar, que apesar dessa ser uma das questões de reflexão em cima da mesa, achei sempre difícil fugir, quando se trata de uma investigação com o foco no comportamento humano. Afinal, o nosso comportamento reflete o que nós pensamos. A representação mental que a pessoa constrói acerca de…Quem me conhece sabe que pensar diferente de mim, ou a maneira de estar, a maneira de agir, de viver, e espelho disso são o meu rol de amigas/os e de pessoas com quem convivo. Mas o que não pode ser diferente é o valor do respeito que devemos ter, uns para com os outros. Sejam eles homens, mulheres, brancos, pretos, heterossexuais, homossexuais, que dancemos dança árabe, ou pole dance, ou ballet, ou contemporâneo, ou danças de salão e por aí em diante…. Afinal somos SERES HUMANOS, da raça HUMANA, que habita este planeta.
Este assunto dava pano para mangas, como se costuma dizer…. E podia ter vários focos de reflexão, mas como gosto de pensar positivo, partilho o meu foco de como esta preciosa dança resgata o SER, promove o bem estar, impulsiona o empoderamente feminino e por aí vai…. E para não fugir à conexão deste dia com a dança, que aqui nos reúne e aproxima, vou fazer com esse foco. Na positividade…
A gravitar
Dança que capacita,
Dança que impulsiona,
que faz do ser o mais extraordinário ser
que faz de mim algo maior do que era, do que sou e do que vou ser;
que me obriga a reinventar -me, a improvisar, a alcançar,
que me detém a enfrentar, a gerir os meus dilemas, medos e angústias
que põe a nu, as minhas fragilidades, as minhas capacidades e emoções;
e tudo mais que me possa doar.
Neste templo onde só é permitido amar,
Dança que brinca com o meu jeito de ser,
com as minhas resistências e humor,
que me desafia a cada instante….
Ela faz de mim e trás o melhor, mais escondido, o mais velado;
Dança que me faz presente, no tempo presente, no aqui e no agora
Dança, casa das minhas emoções, na atitude que aqui estou
Dança, o templo onde me amo, como mulher, como ser humano, com tudo aquilo que sou e ainda posso e vou, simplesmente, SER.
(Só que me saiu em forma de poema ups, até para mim foi novidade).
Espero que através destas palavras tenha conseguido fazer sentir a você que está a ler, o quanto esta dança milenar tem a capacidade de ser um veículo de mudança. Se muita gente soubesse, haveria mais pais que pagariam aulas de dança às suas filhas, maridos ou namorados que incentivariam, sem falar nas mulheres por iniciativa própria o desejariam. Acreditem, quando se pratica dança árabe nunca mais somos a mesma pessoa, a mesma mulher, o mesmo ser humano… há mudanças inolvidáveis a todos os níveis. É uma viagem que cada uma faz em nome próprio, alavancadas no coletivo.
Desta forma, partilho um pouco da minha viagem…
E tu partilha aqui em frase, em verso, em prosa, onde o coração te levar :D e quem sabe inspiras outras mulheres a fazê-lo. De que forma ou quais foram as mudanças que esta arte milenar te possibilitou?
Beijinhos dançantes
Comments